Existe relação entre glúten e autismo? Entenda porque essa questão é complexa

Então quer dizer que a dieta sem glúten só beneficia quem é celíaco, alérgico ao glúten ou tem sensibilidade ao glúten, certo? Certíssimo. Só faltaram te explicar o que é Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (SGNC), como ela afeta o indivíduo e como você descobre que a tem.

SGNC é uma condição em que a pessoa, qualquer uma, se beneficia com diminuição ou extinção dos sintomas patológicos existentes crônicos, sem apresentar reação autoimune ao glúten, ou alergia a ele, ambas situações detectadas por exames.

Na SGNC não há até o momento exames que provam esta sensibilidade, sendo possível descobri-la apenas através de uma dieta-desafio com extinção do glúten 100% durante um período mínimo de 6 meses. Ao reintroduzir o glúten na dieta, os sintomas voltam ou se agravam.

Os sintomas neurológicos na SGNC podem se apresentar juntos ou não dos sintomas gastrointestinais, sendo bastante comum apresentarem somente os sintomas extra intestinais.

Na população com doenças psiquiátricas ou neurológicas como muitas vezes os sintomas gastrointestinais não se manifestam, a SGNC passa despercebida, agravando condições como: convulsões, esquizofrenia, depressão, enxaqueca, ansiedade, TDAH e autismo, entre outras.

Qualquer pessoa com uma doença ou condição de saúde crônica pode ser sensível ao glúten, independente do seu diagnóstico inicial e principal, dentre elas doenças mentais, neurológicas e autoimunes.

O autismo foi incluído nas desordens de sensibilidade ao glúten desde 2015 nos artigos científicos da equipe do Dr. Alesio Fasano, a maior autoridade de desordens do glúten da atualidade, pois muitos dentro do espectro autista tem seus sintomas amenizados com uma dieta sem glúten.

Fonte: Autismo Esperança pela Nutrição | Foto: Unsplash.com